terça-feira, 14 de maio de 2013

Claudio Rizzih e o Verde Bambuzal

Para quebrar o silêncio que imperou nesta casa ao longo destes tantos meses que se passaram sem um novo post, sem poemas e nem mesmo um verso se quer, venho tirar o pó destas colunas de madeira com uma seleção das melhores fotos do projeto "Verde Bambuzal", a minha criação de maior estima até aqui. Uma grande realização pessoal, um marco na minha carreira, história, na minha vida. Criei tudo, pari tudo, e somando força com pessoas incríveis, o que estava no papel ganhou vida eternamente. 
Eternamente. 


Elenco "Verde Bambuzal"

Concepção, letra, música, poemas e direção geral: Claudio Rizzih
Direção/produção musical: Claudinho Pereira
Gravado no Estúdio Giant Steps - Balneário Camboriú - Inverno/Primavera 2012.
Fotografia: Raphaela Reinert
Make Up: Suelen de Miranda
Produção: Eva Beos, Claudio Rizzih 
Arte/Ilustração: Dani Pazeto
Site/Página e assessoria de mídia: Agência Feed Floripa 
Videoclip/Arte/Direção de fotografia: Felipe Ferreira 

Videoclip (Concepção): Claudio Rizzih
Make Up (Videoclip): Ricardo Torelly
Produção de moda e imagem: Andre Rebello
Assistente de direção/Produção: Sebastian Junior
Bailarinos Convidados: Alicia Montanha/Vilson de Souza


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Capa do EP "Claudio Rizzih - Verde Bambuzal"









Verde Bambuzal Acústico Ao vivo no Meio do Nada

Pocket Show de Estréia











sexta-feira, 29 de junho de 2012

Vara Ocular

Nesta segunda-feira
Na pacata cidade de Penha
Reina o canto dos pássaros
O silêncio dos homens
E uma engrenagem desacelerada dentro de mim.
Todas as minhas bagunças pedem minhas horas
Vagas de tanto pra fazer e dizer
Que já nem sei.
Se tivesse de priorizar
Começaria pelos meus complexos
E os lavaria todos
Mas como me soa inútil esta tentativa
Diante de tantas manchas na minha identidade.
Minha insegurança molhou todo os meus lençóis
E nos meus jardins as flores românticas
Exigem adubo em excesso
Para que possam florescer seguras.
A pureza do meu espelho, de tão imunda
Me cega a beleza que há calendários não confio.
O colchão, mofou.
Deve ter sido a paranoia
Que outrora me escorreu saco-rabo á fora
Não relaxo e descanso não há.
Quanta lama na minha estima!
Que tremendo medo
Este de me perder de mim.
Eu que nunca estou em casa
Sempre quero estar em casa.
Mais um cigarro
E juro que me levanto pra limpar o xixi da cachorra.

Claudio Rizzih.


P.S: Estou de volta, Amantes! Obrigado por continuar dedicando atenção aos meus poemas neste tempo todo sem atualizar o blog. Volto com uma nova safra de poemas. Sintam-se á vontade. A casa é sua.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Madre

Sentado no mato, espero.
Os dias me fundem ao barro
Palmo por hora
Sentado no mato, espero.
Um dia tua fome de gente e asfalto
Será saciada
E eu vou estar te esperando
Com o meu Amor que é rural
Feito pra colono que és.

Claudio Rizzih.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cavalo

Recordo-me bem as infiltrações
Num período de vulnerabilidade.
Mas agora muralha há
Nada molha nem espalha.
Faz sol na tua geografia
Logo mais no fim do teu dia,
Me verás!
Sou eu chovendo lá atrás do morro
Longe... Longe...
Reza brava para que os ventos me soprem
Pro norte, lá longe, pros quintos, fazes.
Massa de ar seco dos caralhos.
Pragueja inútil aos ventos
Renunciando um resto de vontade
Do fundo do casco,
Seu cavalo.

Claudio Rizzih.

Três

Um talho para cada erro
Um homem para cada falha
E três com três com três
Logo estes nove se farão vinte e um
A soma se perde em meio aos fracassos
Do par exato, nós dois.
Neste cálculo sem fim
Já não encontro mais em mim
Derme para aliviar.

Claudio Rizzih.

domingo, 6 de novembro de 2011

Soro

Pensar em você me enforca.
Nossas fotos uma facada
O teu cheiro, claustrofobia
Tuas cartas me queimam os olhos
Ligações, esquizofrenia
Pensar Joaçaba, vertigem
Lembrar meus ciúmes, urticária
Imaginar nosso sexo, taquicardia.
Pensar não te ter... Coma.
E nesta rotina de –Santo Deus- todos os dias?!
Pergunto-me como diabos ainda estou vivo.
Misericórdia, esperança, sorte (não sei).
Mas gosto de acreditar que é por que
Mesmo com tamanhos excessos e
Todo o meu drama poluente
Este Amor é puro como uma bacia d’água. 

Claudio Rizzih

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Versículo

As ruminações desta quinta-feira
Se findam quando o mar da Penha
Me estende os braços
E as suas ressacas me sussurram solidões.
Em noite e dias assim
Mesclando a ânsia sincera e visceral pelo futuro
Com um desejo devastador, força maior
Que hoje fosse ontem
E ontem antevéspera
Tento dormir.
Se quem vive de passado é museu
Eu sou uma cidade pré-histórica.

Claudio Rizzih.