quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cavalo

Recordo-me bem as infiltrações
Num período de vulnerabilidade.
Mas agora muralha há
Nada molha nem espalha.
Faz sol na tua geografia
Logo mais no fim do teu dia,
Me verás!
Sou eu chovendo lá atrás do morro
Longe... Longe...
Reza brava para que os ventos me soprem
Pro norte, lá longe, pros quintos, fazes.
Massa de ar seco dos caralhos.
Pragueja inútil aos ventos
Renunciando um resto de vontade
Do fundo do casco,
Seu cavalo.

Claudio Rizzih.

3 comentários:

Andresa Violeta Alvez disse...

"Mas agora muralha há
Nada molha nem espalha.
Será que nós mesmos que as erguemos? Sempre me pergunto como do nada elas surgem ali, em volta de nós. Nos protegendo, ou nos impedindo de ver alguém. Ou (o caso mais dolorido) impedindo que alguém nos veja... Eu nunca sei como elas aparecem. Deve ser por culpa dessa guerra que acontece dentro de nós.

Eu... Eu Amei. De verdade. <3

Glauco disse...

Fantástico Cláudio. Metafórico, mitológico, bonito, sincero!

Daniele disse...

Muito lindooooo.............

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