sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Annexe Secreta.

Amigo Leitor...
Conheça –ou, se você já a conhece, reencontre- Annelies Marie Frank, a nossa Anne Frank. Trata-se de uma menina adorável, nascida em Frankfurt Am Main, no dia 12 de junho de 1929. Tendo como cenário de sua vida a segunda guerra mundial, a condição de Judeus obrigou Anne e toda a família Frank (O pai, Otto Frank, a mãe Edith Frank e a irmã Margot Frank) a morar em um esconderijo, que Anne chamou de Anexo Secreto. E foi lá, escondida das calamidades e barbaridades que a guerra lhes oferecia por meio de sons, imagens, gritos e bombardeios, que Anne extravasou seus sentimentos de menina-mulher por entre as linhas de seu diário.
Seu maior sonho era ser escritora e jornalista. Infelizmente - e encontre nesta palavra todo o meu sincero pesar, Anne faleceu no campo de concentração Bergen-Belsen, sozinha, longe dos pais e da irmã que falecera diante de seus olhos. Ambas as vítimas de tifo. Mas, mal podia imaginar Anne que ali, no Anexo Secreto em companhia de Kitty (era assim que se chamava seu diário) escreveria o documentário mais emocionante, sincero e comovente da segunda guerra mundial, tornando seu sonho realidade sem que ela pudesse ao menos cogitar esta possibilidade em tamanha grandeza. O Diário De Anne Frank foi traduzido para nada mais nada menos do que sessenta e oito línguas em todo o mundo, e é hoje um dos livros mais lidos da história.
Conheça esta vida de perto, amigo leitor. Tranque a porta e viva conosco por dois anos no Anexo Secreto. Descubra o Amor em sua forma mais pura, através desta menina.

Imagem do real Diário De Anne Frank.

Agora, peço sua licença para fazer a minha singela homenagem particular á Anne, da mesma forma que fazia diariamente junto á Kitty.

7 de Janeiro de 2011.

Querida Anne.

Antes de qualquer coisa, seja bem vinda á minha casa.
Ontem, terminei de ler o seu diário. Como escreve maravilhosamente bem!
Preciso dizer que me encontrei em muitas linhas das suas palavras. Para falar a verdade, em quase todas! Imaginei o quanto foi triste sentir-se incompreendida, quando tão bem te compreendo e como queria poder ter lhe conhecido.
Peter tem razão. Tens lindos olhos! Mas o seu sorriso é o que ganha a mim e aos que te conhecem.
Acompanhei tudo o que aconteceu nestes tempos todos com a sua mãe. Como um alguém que olha de fora, vejo que ela era uma boa pessoa e que muito lhe amava. Mas há coisas que só percebemos depois de certo tempo, ou às vezes, nunca percebemos.
Oh, não me posso esquecer da Sra. Quackenbush! Quack Quack Quack! Desatei em gargalhadas com a sua estória, como é deliciosa de se ouvir! Pois eu sempre fui tagarela feito você!
Oh Anne... Há tanto que eu queria poder te dizer. Neste tempo todo em que tive em minhas mãos seu diário, pude trancar-me de verdade atrás da porta falsa, e viver tudo o que você descreveu. Com palavras não sei dizer como tudo se fez real em minha mente.
Finalizo –mesmo sentindo acumulado ainda muitas coisas as quais lhe gostaria de falar, dizendo que em todo o mundo, és uma das escritoras que mais admiro.Posso te sentir perto.
Sinta-se aplaudida, e ouça meus gritos honrosos ao seu nome.
Com Amor,


Seu Cláudio Rizzih.

2 comentários:

Mariana Feitosa disse...

Se todos os jornalistas e escritores vivenciassem aquilo que escrevem a comunicação teria razão de ser novamente. O diário de Anne Frank me cativou na pureza de cada descrição, na simplicidade de cada palavra, a forma como esta "prodígio" conduz seus textos é pra mim de uma sutileza incomum uando se analisa o cenário em que ela se encontrava. Se bem que talvez seja esta a explicação, tendemos a agir de forma contrária ao que mais nos aflige, e no meu ponto de vista era assim que estava a pequena garota, atônita em meio ao horror. É uma leitura quase que obrigatória eu diria. Em 12 de junho a filha de Otto e Edith faria 82 anos.
Parabéns pelas palavras soulmate, você sempre me cativa.

David disse...

Lindo! Só!

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