domingo, 6 de novembro de 2011

Soro

Pensar em você me enforca.
Nossas fotos uma facada
O teu cheiro, claustrofobia
Tuas cartas me queimam os olhos
Ligações, esquizofrenia
Pensar Joaçaba, vertigem
Lembrar meus ciúmes, urticária
Imaginar nosso sexo, taquicardia.
Pensar não te ter... Coma.
E nesta rotina de –Santo Deus- todos os dias?!
Pergunto-me como diabos ainda estou vivo.
Misericórdia, esperança, sorte (não sei).
Mas gosto de acreditar que é por que
Mesmo com tamanhos excessos e
Todo o meu drama poluente
Este Amor é puro como uma bacia d’água. 

Claudio Rizzih

3 comentários:

Andresa Violeta Alvez disse...

"Pensar não te ter... Coma."
A gente nunca imagina até que acontece, e pronto, o mundo desaba. E nos passamos (quase) por hipocondríacos. O fato aqui é que após tamanho dor (ou durante ela) ficamos expostos a todos os tipos de ameças, doenças. Ficamos fracos, vazios. Mutilados.
O Amor é puro sim, só falta o passado se dar conta disso e voltar a ser presente...
Apesar de eu sentir medo disso (calafrios para ser mais exata), eu oro pra aconteça. Logo.

Sem mais. ♥

Glauco disse...

Muito bom seu Cláudio. Parabéns!

Rafael Seara disse...

"Ligações, esquizofrenia..."

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